Adoooooooro viajar para comer, rezar e amar. Ou, como diria minha mãe, eu viajo pra comer, beber e amar. Rsrsrsrs!! Achei boa idéia escrever um postzinho com algumas dicas para aquelas que estão pensando em arrumar as malas e ir dar uma voltinha no Velho Mundo.
Escolhendo o roteiro: descubra as cidades que você quer visitar. Não vá a nenhuma apenas por ir. E nem tente fazer aquelas doideras de 20 cidades em 30 dias se for marinheira de primeira viagem! Para descansar e ver as coisas com calma, é preciso uns 4 dias em cada uma. Quem não aguenta cidades infestadas de turistas em todo e qualquer canto deve dar uma pesquisada nas cidades mais interioranas, cheias de surpresas e paisagens ainda mais maravilhosas que as cidades-chave.
Hotéis: depende da cidade! Em Paris acho super aconselhável alugar um studio se você for passar uma semana, assim é possível aproveitar os produtos das feiras e supermercados e cozinhar em casa tomando um bom vinho - sem falar que você não leva susto com a decadência de uma boa porcentagem da rede hoteleira. Na Itália, os hotéis são minúsculos e os banheiros, idem. É preciso abrir a mala em cima da cama, porque no chão não tem lugar. Tenha em mente que aquilo que é considerado 3 estrelas na Europa, no Brasil equivale a uma estrela e olhe lá. Busque indicações de hotéis com pessoas de absoluta confiança e desconfie dos que não colocam fotos no site. Não se hospede nunca no Hotel Romae (Roma, tem o menor banheiro do mundo) e no Campanille Tour Eiffel (Paris, é caro pelo que oferece e o staff é rude pra caramba).
Bagagem: Aqui sou super suspeita p. falar, mas acredito que o ideal seria viajar com o mínimo de peso possível. Invariavelmente você irá fazer compras, e a menos que queira aparecer com várias roupas diferentes nas fotos, não será preciso trazer muitas peças. Traga no máximo 20kg, e não esqueça de viajar com uma mochila ou mala de mão que contenha uma muda de roupa, desodorante, escova de dente e itens de primeira necessidade – nunca se sabe quando a companhia aérea vai perder as suas malas. O ápice da esperteza é viajar com uma mochila. Difícil, mas não impossível. Não esqueça que na Europa ninguém ajuda com malas, elas são problema seu.
Deslocamentos: dê um jeito de fazer um roteiro em que possa ir pulando de cidade em cidade, de preferência de trem. Caso queira economizar tempo e voar em low cost, não esqueça que esse tipo de vôo NÃO é indicado para quem despacha bagagem, e mesmo a bagagem de mão é uma complicação (tem peso máximo, medidas, 1kg ou 1cm a mais causam multas altas). É possível comprar um Eurail Global Pass para os trens, o que sai muito mais em conta do que comprar as passagens separadamente. Eu comprei esse passe, só que vários trechos que pretendia fazer de trem precisei comprar vôo em cima da hora porque não tinha mais assento livre nos trens. Portanto, se for comprar passe, reserve todos os assentos ANTES de viajar. É bem caro, mas é o jeito.
Dinheiro: eu trago dinheiro pra táxi e eventualidades, o resto, pago com cartão de crédito, o que garante milhas para viagens futuras. Caso realmente precise, saco em caixa eletrônico.
Programas turistão: a maioria permite comprar ingressos online – e fazer isso lhe poupará boas horas de fila! Selecione os programas turistão que você realmente quer encarar e não se iluda: muitos são chatos, entediantes e estressantes, de tanto turista aloprado junto. Em cidades com muitos museus, escolha a dedo a quais ir. E tenha em mente os preços dos ingressos, porque fica caro ir em vários deles.
Metrô ou ônibus: depende da cidade e do tempo que você tem! Em algumas, optei pelo ônibus turístico City Sightseeing para otimizar o pouco tempo disponível. Achei muito prático, você sobe e desce do ônibus quando bem entender num período de 24 a 48 horas, e guardando um cuponzinho que eles dão, ganha desconto no mesmo ônibus em outras cidades. A única desvantagem é que eles funcionam no máximo até as 20hs, então não conte com essa carona pra voltar pro hotel caso queira jantar fora ou ir pra balada. Já o metrô geralmente fecha à meia noite.
Comida: restaurantes que têm um garçom na porta desesperados tentando enfiar as pessoas pra dentro e empurrando menus, não prestam. Quanto mais afastado dos pontos turísticos, melhor e mais barato será o lugar. Não se deixe impressionar por dicas megalomaníacas de restaurantes estrelados, porque são caríssimos, a menos que vc. possa pagar, claro! Supermercados na Europa possuem uma infinidade de sanduíches, saladas, sushis, pães e outras coisas que matam a fome por um precinho mínimo. Ah, a maioria dos hotéis cobra 10 euros extras pelo café da manhã. Se vc. tiver num hotel de 4 a 5 estrelas acho valido aproveitar o cafe da manha, caso contrario, vá tomar cafe nas padarias e lanchonetes das cidades, é muito bom pq. nao tem horario fixo.
Bebida: você pode conhecer todos os bares badalados dos hotéis entrando para tomar um drink. O único porém são os preços proibitivos. Exemplo? Uma Coca-Cola, que custa 1 euro no mercado, vai custar 10 euros. Um drink, que custa em média 12 euros, vai custar 26. Porém, muitos deles valem o investimento, pois têm a maior concentração de gente interessante e bonita por metro quadrado.
Companhia: viajar sozinho é meio deprê. Cuidado na hora de escolher a companhia, para evitar brigas e dramas que podem estragar as férias. Evite a todo custo pessoas com uma personalidade muito distinta da sua. O ideal é viajar com quem você já conhece e tem intimidade para evitar stress. E coloque os pingos nos i’s antes de viajar. Como assim? Ninguém é obrigado a fazer o que não quer, ou seja, deixe claro que, se um belo dia você acordar com a pá virada, vai cada um para um lado e se encontram no fim do dia! Graças a Deus eu tenho muita sorte, vivo viajando acompanhada de amigos, mas os meus são tuuuudo de bom....
Planejamento: vasculhe a internet. O mínimo que você precisa saber é onde quer ir em cada cidade. Pesquise restaurantes, bares, cafés, lojas, outlets, anote os endereços de tudo e traga, porque a internet dos hotéis funciona quando bem entende. Aprenda como se faz para andrar de metrô (quem nunca andou fica perdidão), aprenda o básico de cada língua (por favor, obrigada, desculpe, bom dia), baixe aplicativos no celular de tradutor instantâneo (eles nos tiram das piores frias), imprima um mapa de como chegar no seu hotel, descubra o que o bairro no qual você irá se hospedar oferece. Indispensável pegar um mapa da cidade e do metrô de graça no lobby do hotel.
Imprevistos: eles acontecem, sim! E é preciso humor e sangue-frio para lidar com eles. Acho muita loucura viajar com o dinheiro contadíssimo ou com o limite do cartão ‘no limite’. Tem que ter alguma reserva caso aconteça alguma emergência.
Dicas gerais: tire foto do passaporte e identidade e guarde no seu email. Guarde nele também informações sobre o seu roteiro, vôos, hotéis, telefones. Ligue pro seu cartão de crédito e descubra se ele oferece o seguro-saúde e seguro-viagem internacional. O Mastercard me forneceu sem custo. Imprima toda a papelada referente a reservas, seguro, passagens e o que mais houver e guarde numa pastinha. Fica mais fácil de se orientar caso você pegue um oficial de imigração pentelho que faz mil perguntas. Compre todos os remédios que você costuma tomar (e acrescente um belo Ibuprofeno 400mg para as primeiras dores nas costas que irá sentir na viagem de tanto caminhar), uma caixa de band-aids e esparadrapo para as bolhas, para não precisar ir pra farmácia, além de remedio p. infecção urinaria e candida (para as mulheres) impressionante quando eu viajo sempre me ataca, acho que é o stress....
Se possível, compre um iPod Touch, que pega wi-fi (em muitos lugares ela é liberada), toca música, entra na internet a jato, tira fotos e grava vídeos, baixa aplicativos de mapas de metrô e ruas, tem previsão do tempo, Google Maps, Facetime pra falar com a família e o diabo a quatro. E nunca esqueça de deixar alguém da família a par de todo o seu itinerário, como números dos vôos e endereço/telefone dos hotéis.
Esqueci de algo? Quem mais tem dicas?
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